domingo, 29 de maio de 2011


- Eu disse que não te iria deixar sozinho, disse que estaria sempre disposta a ajudar-te, disse que nem a maior tempestade nos iria separar e quero que todas estas palavras, ditas em perfeita consciência, se tornem em acções. Não te isoles no teu mundo, não deixes que os teus problemas te tirem a felicidade, não deixes que nada te tire o sentido da vida. Sai desse silêncio, fala, desabafa, chora, deita tudo cá para fora porque, mesmo que não te consiga ajudar, vais te sentir mais leve. Eu estou aqui, longe ou perto, sabes que estamos juntos e eu nunca te vou deixar sozinho. 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Sabes quando vês o teu suporte a fugir por debaixo dos teus pés e tens necessidade de te mandar para o chão para que as tuas mãos o segurem e não te deixem cair num fundo e desconhecido buraco? Isto já tinha acontecido mas a minha ignorância levou-me a faze-lo novamente. Corri atrás de ti quando já não tinha folgo, derrubei os mais resistentes obstáculos quando julgava já não ter forças, gritei pelo teu nome quando a minha voz já não se fazia sentir até que por fim cheguei junto a ti, segurei a tua mão e juntos percorremos uma pequena estrada em direcção ao cruzamento, no qual a largas-te apenas para impor o teu orgulho. Seguimos uma longa estrada separados onde cada um de nós foi passando pelas suas emoções, aventuras e dissabores mas todas as estradas têm um ponto em comum e os nossos percursos não fogem à regra. Voltei a encontrar-te, o meu coração acelerou no momento em que as nossas mãos se voltaram a unir, arrisquei afinal tinhas sido o eleito, controlavas o meu coração coisa que ninguém antes tinha feito. Estávamos bem, tínhamos percorrido metade do percurso que tinha sido feito para nós os dois até que as tuas tentações voltaram a falar mais alto. Fugiste novamente sem me dares a mínima explicação, deixaste-me para trás e desapareceste no meio da escuridão. Deveria continuar, seguir em frente sem pensar, mas não consigo, se continuar vou acabar por te reencontrar, vou voltar a cair na tentação de te abraçar e vou voltar a cair sem me conseguir levantar, eu não quero isso. Vou ficar aqui, o chão está a fugir por debaixo de mim mas não o vou tentar segurar, sei que vou cair, mas não o vou fazer como uma fraca perdedora deitada sem forças no chão, vou faze-lo de pé como uma forte perdedora que, mesmo depois da derrota, eleva a cara e mostra um sorriso.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

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Para ele tudo terminou no momento em que todo o silêncio da casa foi trocado pelo estrondo da porta a fechar, para ele aí tu deixaste de existir. Ele partiu e tu ficaste. Não lhe interessou o impacto que esse acto teve perante o teu coração apaixonado, não lhe interessou as lágrimas que, com a sua partida, viriam a escorrer pela tua face caindo continuamente no chão, não lhe interessou como irias caminhar se todo o caminho que planeaste para o teu futuro tinha desaparecido e também não lhe interessou como irias lidar com a sua ausência. Nunca foi verdadeiro, o amor dele por ti. Nada passou de uma vela acesa que, aos poucos e poucos, acabou por derreter. Um amor não correspondido magoa e faz sofrer mas com ele dá para aprender.

a mentira agrada, a verdade doí

segunda-feira, 16 de maio de 2011

és livre.


Diz adeus à menina na qual todos mandam, vira as costas às palavras de ordem que surgem na tua direcção. O mundo é um espaço livre, tu fazes nele o que quiseres, quando quiseres e com quem quiseres. As tuas acções são decisões tuas, ninguém se deve, nem pode, intrometer nelas. Não sejas o logótipo que os outros criaram, cria o teu próprio esboço. Agarra na tua caneta e faz-te como realmente queres ser. És tu que escolhes as tuas próprias qualidades, és tu que escolhes o que és e pelo que queres ser reconhecida. No dia em que alguém te entregar um logótipo já feito e tu o aceitares, vais estar a deixar fugir a tua felicidade e a contribuir para a felicidade dos outros.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

the end


Eu deveria conhecer-te, por todos os segredos que já partilhaste comigo, por todos os momentos que já passamos, eu devia saber exactamente o que tu ias fazer. Deveria saber que este ia ser mais um jogo, do qual tu ias sair vencedor e deveria ter saído dele a meio mas não consegui. Sou fraca de mais para lutar contra o poder manipulador de cada frase saída da tua boca e, mesmo conhecendo-te como conheço, deixei-me continuar. Envolvi-me no jogo de uma maneira descontrolada, saltei casas com pressa de chegar ao fim e ver qual iria ser o resultado mas ao longo do jogo o entusiasmo foi desaparecendo, o medo foi aumentando. Cada casa por que passava revelava-me um segredo teu e isto fez-me acordar. Uma das casas dizia “Traidor uma vez, traidor para sempre”, aqui o jogo parou, eu parei, tu continuaste e, mais uma vez, ganhas-te.