terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Jogo.


A vida não passa de um jogo onde podemos jogar a pares ou individualmente. Como em todos os jogos, ao jogar individualmente o nível de pressão é maior, temos tudo nas nossas mãos, e isso faz com que os mais fracos, a meio, tentem mudar para o jogo a pares ou simplesmente desistam, ao contrário destes, os corajosos e lutadores, que não desistem, tem uma enorme possibilidade de acabar a desfrutar do sabor de uma bela vitória. Por outro lado, no jogo a pares é tudo muito mais facilitado, no caso de teres incertezas pedes opinião ao teu pare e, em conjunto, decidem o que fazer, o nível de pressão já não está apenas sobre ti, aqui tudo é partilhado. Para o jogo a pares tens de saber escolher alguém corajoso, de confiança para que não corras o risco de ser abandonado na primeira dificuldade, caso isso aconteça, não vais ter hipótese de continuar, porque antes tomaste a decisão de seguir por um caminho feito para duas pessoas e onde apenas uma não tem a mínima hipótese de alcançar a vitoria. Visto isto, eu escolho o jogo individual, onde estou dependente de mim e das minhas decisões, não importa se chego ao fim ou se perco a meio, só me interessa saber que dei o meu melhor.
«Nem tudo o que é fácil é melhor»

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Game over.



Até agora tens sido tu o vencedor de todos os jogos, és sempre tu quem magoa e nunca sai magoado, és sempre tu que fazes chorar e nunca choras, és sempre tu que iludes e nunca sais desiludido. Um dia vais deixar de transportar o troféu de vencedor e vais começar a carregar com a dor de uma derrota, vai chegar a tua vez de ser magoado, de chorar e de sentir o sabor de uma bela desilusão. Eu acredito na justiça, acredito que vai haver alguém mais esperto que tu que vai inverter todo o jogo e vou estar aqui, sentada na plateia, para assistir a tudo e, no final, aplaudir.

«cada um traça o seu destino, tu traças-te o teu»



sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Ilusão.


Não te deixes levar pela ilusão, na vida essa palavra é a mais comum e a que mais magoa. Aprender a distinguir o bem do mal, a verdade da mentira, aprende a diferenciar as amizades verdadeiras das falsas. Chegou a altura de cresceres! Não te vou voltar a tirar dos sarilhos em que te metes e não vou meter mais amizades em causa por ti. Não te vou voltar a estender a mão quando te vir aproximar do chão, nem te vou levantar quando caíres. Vou deixar-te aprender com os teus próprios erros por mais que isso me custe, a mim e a ti. Vais saber o que custa vermos o chão cada vez mais perto e não surgir nenhuma mão para nos segurar, vais saber o que custa cair no chão e ninguém correr em nossa direcção para nos levantar, vais saber o que é estar sozinho que foi a escolha que fizeste para ti mesmo. Afastar todas as pessoas, que te adoram, de ti foi o teu divertimento dos últimos meses, preferiste manter a proximidade de quem te diz adorar do que de quem realmente te adora e quando te vires desamparado vais perceber isso. Não te desejo mal, apenas quero que vejas o mal que estas a fazer a ti próprio.

«nem tudo o que pareçe é(...)»

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Presente.


Comparar-te a objectos, climas, musicas, tornou-se o meu passatempo preferido, pode parecer ridículo mas é uma forma que eu encontrei de te sentir mais perto de mim, de sentir a tua presença diária, pela qual tanto anseio. Dou por mim a olhar pela janela, a observar o horizonte enquanto, num volume baixo, escuto aquela “nossa” música. Os pingos de chuva cada vez caiem com mais intensidade, parecem tão frágeis, mas, mesmo assim, ao terem um contacto com o vidro, da janela, deixam a sua marca, o seu caminho, tal como tu o fizeste. Com a tua fragilidade conseguiste tocar no meu coração e ao saíres dele deixaste vestígios da tua, tão curta, passagem. Ao longe vejo um clarão, um relâmpago (talvez), a música pára, a luz apaga-se e passa apenas a ouvir-se o barulho da chuva, no momento em que partiste ficou tudo às escuras, deixei de ver o meu caminho, deixei de ter a tua voz como melodia do meu dia-a-dia, o único som que ficou, e está, presente na minha memória foi os teus passos a afastarem-se cada vez mais e mais. Ao voltar a acender-se a luz, vê-se o rasto de destruição que a chuva deixou, hoje, voltei a ver o meu caminho, deixei de lutar contra a escuridão para lutar contra o medo, passei a pensar antes de dar cada passo, não quero voltar a ficar na escuridão, tenho medo, muito medo.
«Posso não estar presente no teu futuro, mas no teu passado deixei uma marca»

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Escolhas.


Não sei o que quero, não sei do que gosto, não sei o que sinto… Gostava que a vida fosse simples, que nela não existisse a palavra “escolha”, que o nosso caminho já estivesse traçado e nós apenas nos limitássemos a segui-lo, sem meter em causa o porquê daquela arvore ser verde e não castanha, sem nos preocupar com o que fazemos e as consequências que isso terá no nosso futuro. Tenho medo de fazer escolhas, não sei se isto terá algum nome específico mas tem uma causa. Todas as escolhas que fazemos têm um lado negativo, todas elas têm uma vítima, todas elas ferem sentimentos e, como todas as pessoas normais, eu não quero ser a causa do sofrimento de ninguém. Vou deixar que o tempo se encarregue de fazer as escolhas por mim, aí, quando me acusarem de ferir sentimentos, eu, vou dizer: “não fui eu, foi o tempo que o decidiu por mim”.
«O tempo o dirá (…)»

sábado, 18 de dezembro de 2010

i love you ♥


Quem ama vê perfeição e tu para mim és perfeito, inigualável. Quem ama anseia tocar e eu quero-te tocar, quero sentir a tua pele, quero segurar na tua mão e fugir, fugir para bem longe onde só exista a palavra “Nós” e a palavra “Eles” seja desconhecida. Quem ama faz tudo por um sorriso e eu só te quero ver a sorrir e quero ao mesmo tempo ser a causa dele. Quem ama é dependente da outra pessoa e eu sou completamente dependente de ti, um dia sem te ver não pode ser considerado dia. Quem ama sente ciúmes e eu tenho ciúmes, ver uma rapariga contigo deixa-me triste e faz-me logo pensar em assuntos que não têm cabeça nem pés. Quem ama quer um “Para Sempre”, eu amo-te mas não quero um “sempre”, quero um “agora” esse agora já me transmite segurança, não me vale de nada que prometas uma coisa que não sabes se vais ser capaz de cumprir, prefiro uma palavra com uma validade mais pequena mas 100% verdadeira do que uma palavra sem validade e 10% verdadeira.

«Eu amo-te e quero-te comigo mas não quero um “sempre” basta-me um “agora”!»


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pela primeira vez na vida fechei os olhos e desejei voltar atrás, voltar aos tempos em que não te conhecia para fugir do momento em que as nossas vidas se cruzaram. Desde a primeira troca de palavras que senti uma certa cumplicidade, os comentários de facebook passaram a tardes de conversa no msn, as tardes de conversas de msn passaram a trocas de olhares na escola, as trocas de olhares passaram para sorrisos, os sorrisos tornaram-se em brincadeiras, as brincadeiras originaram conversas e as conversas originaram o crescimento de um sentimento, chamo-lhe crescimento porque desde o inicio que estamos ligados por uma imensa cumplicidade, aconteceu tudo com uma rapidez inexplicável, num dia eras um miúdo que via na escola, mas no qual não depositava a mais pequena importância, no outro eras o miúdo que os meus olhos procuravam ver a todos os minutos e em que as minhas mãos ansiavam tocar.
Mas ninguém é totalmente perfeito e o teu maior defeito é usares a palavra “amo-te” demasiadas vezes e com um numero ilimitado de pessoas, isso faz com que nunca saiba se quando o dizes estás a tratar-me como tratas as outras ou se me estas a tratar de uma forma única e especial. És talvez a pessoa que num menor espaço de tempo me fez sofrer mais, em apenas um mes fizeste-me perder todas as forças que tinha, fizeste-me cair de joelhos no chão e, com as ultimas forças que tinha, gritar “desisto” enquanto lágrimas escorriam pela minha cara. Amo-te, sim mas nada compensa o sofrimento que já me causaste. Enquanto fores uma criança indecisa, eu vou manter uma distância, que me vai servir de defesa, vai custar, eu sei, mas eu vou conseguir.

«Dos meus olhos nao vai cair mais nenhuma lágrima com o teu nome, prometo!»