quinta-feira, 26 de maio de 2011

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Sabes quando vês o teu suporte a fugir por debaixo dos teus pés e tens necessidade de te mandar para o chão para que as tuas mãos o segurem e não te deixem cair num fundo e desconhecido buraco? Isto já tinha acontecido mas a minha ignorância levou-me a faze-lo novamente. Corri atrás de ti quando já não tinha folgo, derrubei os mais resistentes obstáculos quando julgava já não ter forças, gritei pelo teu nome quando a minha voz já não se fazia sentir até que por fim cheguei junto a ti, segurei a tua mão e juntos percorremos uma pequena estrada em direcção ao cruzamento, no qual a largas-te apenas para impor o teu orgulho. Seguimos uma longa estrada separados onde cada um de nós foi passando pelas suas emoções, aventuras e dissabores mas todas as estradas têm um ponto em comum e os nossos percursos não fogem à regra. Voltei a encontrar-te, o meu coração acelerou no momento em que as nossas mãos se voltaram a unir, arrisquei afinal tinhas sido o eleito, controlavas o meu coração coisa que ninguém antes tinha feito. Estávamos bem, tínhamos percorrido metade do percurso que tinha sido feito para nós os dois até que as tuas tentações voltaram a falar mais alto. Fugiste novamente sem me dares a mínima explicação, deixaste-me para trás e desapareceste no meio da escuridão. Deveria continuar, seguir em frente sem pensar, mas não consigo, se continuar vou acabar por te reencontrar, vou voltar a cair na tentação de te abraçar e vou voltar a cair sem me conseguir levantar, eu não quero isso. Vou ficar aqui, o chão está a fugir por debaixo de mim mas não o vou tentar segurar, sei que vou cair, mas não o vou fazer como uma fraca perdedora deitada sem forças no chão, vou faze-lo de pé como uma forte perdedora que, mesmo depois da derrota, eleva a cara e mostra um sorriso.

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