sábado, 29 de outubro de 2011

7 # Carta para uma desilusão


Antes de mais, parabéns! Adorava poder estar aí contigo, mas enfim. Vamos voltar ao ano de 2008, quando nos conhecemos. Lembraste? Começámos com o pé esquerdo. Nós não gostávamos nada uma da outra, sempre que falávamos era para discutir e falar mal. Mas depois tudo mudou. Começámos a falar e a perceber que afinal as coisas não eram bem como aparentavam ser. Fizeste-me rir de mil e uma maneiras. Fizeste-me feliz, o que naquela altura não era. Contigo passei momentos lindos e que para sempre me vou recordar e espero que tu também. Passado um ano as coisas voltaram a mudar. E tudo por minha causa. Ficaste magoada comigo por eu me ter afastado e ausentado durante tanto tempo. Desculpa se alguma vez te magoei, não era de todo minha intenção. E Durante uns meses ficámos sem nos falar. Somos as duas muito teimosas, orgulhosas e temos uns feitios difíceis. Pensei que estava tudo perdido, que não havia volta a dar. Mas juntas, nós conseguimos. Mas sabemos que as coisas já não são as mesmas, tudo ficou diferente, estranho. Eu podia simplesmente dizer "que se lixe", que foste apenas só mais uma da minha lista de amigos, que o que aconteceu já passou, é passado e que acabou. Mas não é isso que eu quero. Não quero perder mais ninguém, não quero perder mais pessoas que me fizeram feliz e que ainda me podem fazer muito mais. Eu quero ter-te por perto, quero-te ao meu lado, não é só hoje nem quando calha, mas sempre. Quero poder abraçar-te e dizer que conseguimos sobreviver a muita coisa. Quero que sejamos a prova viva de que a distância não importa. Tenho saudades tuas. Tenho saudades nossas. Tenho saudades de tudo aquilo que éramos. Ainda vale a pena dizer que te amo?!  ”  10/8/2011

Já passaram alguns meses mas lembro-me perfeitamente da maneira como me surpreendeste com esta mensagem, lembro de me terem vindo as lágrimas aos olhos e de ter lido várias vezes as tuas palavras até entender que era mesmo realidade, que me estavas a escrever, a demonstrar o que sentias e que tinhas saudades de tudo. Lembro-me de ter demorado a pensar no que te haveria de responder, lembro-me de hesitar dar parte fraca com medo de sair magoada novamente mas acabei por o fazer, afinal de contas, o coração é a única parte do nosso corpo que não conseguimos calar. Mas, acredita, se naquela tarde soubesse tudo aquilo que sei hoje, se soubesse que as tuas palavras não passavam de isso mesmo, palavras, não teria sequer lido o que escreveste. Uma amizade não é uma brincadeira, aqui existem sentimentos. Não voltes a cair no erro de me pedir para voltar, não voltes a dizer que me amas porque deixei de dar valor a palavras que não o têm.

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